Vinícolas de Portugal

Durante muitos séculos os vinhos fortificados do Porto e da ilha da Madeira foram os mais importantes de Portugal. No final do século 19, a praga conhecida como filoxera devastou boa parte dos vinhedos portugueses e pouco depois teve início a ditadura de Antonio de Oliveira Salazar, que isolou o país do restante do mundo. Somente na década de 1980, com a queda da ditadura e a entrada do país na Comunidade Europeia, que Portugal voltou a ter acesso a inovações e investimentos para modernizar seus vinhedos, adegas e, principalmente, seus enólogos. Hoje Portugal está em ebulição, surpreendendo todo o mundo com vinhos de altíssima qualidade em uma grande diversidade de estilos.
            Adega Silgueiros  
  Campelo       
        Casa Ferreirinha
 Casa Relvas
      Cortes de Cima
                                           Fundação Eugénio de Almeida           
                Herdade do Esporão 
        Quinta da Alorna
                      Quinta de Bons-Ventos  
                                            Roquevale - Ségur Redondo Winery  
 
Adega Silgueiros

A Adega de Silgueiros é uma vinícola fundada em 1962 no coração do Dão, berço da Touriga Nacional e uma das regiões com maior prestígio em Portugal. Devido aos seus vinhos muito elegantes, o Dão é reconhecido como a "Borgonha" portuguesa.

Silgueiros encontra-se situada a 9 km de Viseu, principal cidade do Dão. Dada a sua situação geográfica, encontra-se numa posição muito privilegiada para a produção desse preciso néctar. Os seus solos, de origem franco arenosa, proporcionam um aroma esplendoroso aos vinhos alí produzidos. As suas encostar viradas para a Serra da Estrela, o ponto mais alto de Portugal continental, e para o rio Dão criam um clima único para a maturação das uvas.

Essa região tem como base de produção de oitos castas, das quais cinco são tintas e três são brancas. As castas tintas são Touriga Nacional, Tinta Roriz, Jaen, Alfrocheiro e Tinta Pinheira. As castas brancas são: Encruzado, Malvasia Fina e o Borrado das Moscas. Além de muito elegantes, os vinhos do Dão também apresentam uma ótima relação qualidade-preço.

       
 Campelo
A Campelo é uma das empresas mais antigas e tradicionais da região dos Vinhos Verdes, com produções também na região do Douro. Foi fundada oficialmente em 1951, mas tem na realidade quase um século de existência, com registros que datam o ano de 1923.

Em 2006, a Campelo foi comprada pala família Lima, uma família unida e muito dinâmica que trabalha em perfeita harmonia. O pai, José Carlos Lima, é o enólogo da empresa. Os filhos Helder, Carlos e Oscar são os responsáveis pela parte comercial, administrativa, financeira e de produção, mas também dão os seus palpites na adega da empresa.

Em sua Adega moderna e bem equipada são produzidos os vinhos verdes Encostas do Minho Branco, Rosé e Tinto. Através de uma parceria, a Campelo também engarrafa vinhos do Douro com a marca Videira da Serra.

Atualmente, a Campelo exporta 25% da sua produção e comercializa os restantes 75% no mercado português. Com a qualidade, preços competitivos e bonitos rótulos, os vinhos Encostas do Minho e Videira da Serra certamente irão encantar os enófilos brasileiros.

Casa Ferreirinha

A Casa Ferreirinha leva como nome o modo carinhoso como D. Antonia Adelaide Ferreira, sua mais notável proprietária e administradora, era chamada pelos viticultures da época. Com excepcional dedicação e perspicácia, ela conseguiu multiplicar o patrimônio da família e contribuir para a produção vitivinícola do Douro. A vinícola ganhou a fama mundial que tem hoje graças ao enólogo Fernando Nicolau de Almeida e seu Barca Velha, o primeiro vinho tranquilo de alta qualidade do Douro.

Casa Relvas

Projectada pela PMC / Arquitectos em 2006 a adega, que é hoje sede da Casa Relvas, vinificou em 2007 as primeiras uvas.

Revestida em cortiça e construida em profundidade este edificio foi finalista do Building of The Year pela Archdaily, pela sua beleza, materiais e integraçao na paisagem Alentejana.

Pensada para respeitar ao maximo a integridade das uvas a adega está equipada com tecnologia de ponta desde a vinificação à expedição, é tambem neste edificio que funcionam o centro de enoturismo e os escritorios.

 Cortes de Cima

Sem dúvida, um produtor diferente no Alentejo. Cortes de Cima é uma propriedade familiar localizada a oito quilômetros da Vidigueira. Hans Kristian Jorgensen nasceu na Dinamarca, morou na Malásia, sua esposa Carrie é californiana e residem nesta propriedade agrícola desde 1988. A área demarcada da Vidigueira é tradicionalmente produtora de castas brancas. Antes de iniciar a plantação das vinhas em 1988, Hans e Carrie consultaram a Universidade de Davis nos EUA. O seu famoso Departamento de Enologia os aconselhou, contudo, em função do clima, a plantar apenas castas tintas.

A maior aposta foi a casta portuguesa Aragonez, seguida pela internacional Syrah. Tem também pequenas quantidades de outras castas portuguesas, como Trincadeira, Touriga Nacional e Castelão, assim como um pouco de Cabernet Sauvignon e Petit Verdot. O Dr. Richard Smart, conhecido consultor australiano de viticultura, foi contratado e implantou o seu sistema de capota elevada de trepadeira, que permite uma circulação extra de ar, o que evita o desenvolvimento de fungos, aumenta a exposição ao sol das videiras, dando uma maior concentração de cor, aroma e sabor às uvas. Nos primeiros anos de produção, as uvas foram vendidas a terceiros. Em 1996 decidiram produzir o seu próprio vinho e construíram uma adega no meio das vinhas.

Fundação Eugénio de Almeida

A Fundação Eugénio de Almeida é uma instituição de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora. Os seus Estatutos foram redigidos por Vasco Maria Eugénio de Almeida, que a criou em 1963.

A primeira fase da vida da Fundação foi marcada pela personalidade desse grande mecenas e filantropo, que assegurou a direção efetiva da Instituição até à sua morte, em 1975.

Os objetivos que lhe estão estatutariamente consignados materializaram-se, nesse período, na recriação do Convento da Cartuxa como centro de vida espiritual, na construção do Oratório de S. José orientado para a formação escolar e profissional de milhares de crianças e na criação, em 1964, e manutenção, em colaboração com a Companhia de Jesus, do ISESE - Instituto Superior Económico e Social de Évora que iniciou a restauração da Universidade de Évora e formou centenas de quadros e altos dirigentes de administração pública e privada.

A partir da década de 80 do século XX, após a devolução dos bens expropriados no período da Reforma Agrária, a Fundação iniciou uma fase de relançamento patrimonial e criou uma exploração agropecuária e industrial de referência que visa garantir a autossustentabilidade económica da Instituição e a prossecução dos seus fins, contribuindo ainda para a promoção do desenvolvimento económico e social da região. Neste projeto destaca-se a vitivinicultura e a oleicultura, atividades das quais resultam os vinhos produzidos na Adega Cartuxa, entre os quais os emblemáticos Pêra-Manca e Cartuxa, e os azeites produzidos no Lagar Cartuxa

Herdade do Esporão

 Situada no coração do Alentejo, em Reguengos de Monsaraz, a Herdade apresenta condições únicas para a agricultura – grandes amplitudes térmicas, solos pobres e variados e uma extraordinária biodiversidade que nos ajuda a produzir em equilíbrio com o meio ambiente. Com cerca de 702 ha de vinhasolivais e outras culturas potenciadas pelo Modo de Produção Biológico. Neste território estão plantadas cerca de 40 castas, 4 variedades de azeitona, pomares e hortas.

Quinta da Alorna

Este produtor tem praticamente 300 anos de história. Em 1723, D. Pedro de Almeida (1688 / 1756) comprou a Quinta de Vale de Nabais. Em meados do século XVIII, viria a ser nomeado Vice- Rei da Índia. Distinguindo-se por atos de bravura na tomada da praça forte de Alorna, o Rei de Portugal, D. João V concedeu-lhe o título de Marquês de Alorna. Regressado a Portugal, mudou o nome da sua quinta para Quinta da Alorna e plantou as primeiras vinhas.

As instalações deste produtor são muito bonitas merecendo destaque a adega antiga cheia de história, a adega moderna bem equipada, o palácio da Quinta da Alorna inteiramente restaurado.

  Quinta de Bons-Ventos

A Vinícola Quinta de Bons-Ventos está localizada na DOC(Denominação de Origem Controlada) Lisboa, que até 2010 era chamada de Estremadura. Bem próxima da Capital, dentro desta denominação se encontram sub-regiões famosas como Alenquer, Carcavelos, Óbidos, Torre Vedras e Bucelas. Situada entre a cidade de lisboa e o Atlântico, é uma das maiores produtoras de vinho de Portugal em volume.

Roquevale - Ségur Redondo Winery

 A Roquevale - Ségur Redondo Winery é uma tradicional vinícola portuguesa localizada em um terroir muito especial do Alentejo, a Serra d’Ossa na vila do Redondo. Seu importante patrimônio vitivinícola se destaca pelos mais de 200 hectares de vinhas próprias, incluindo-se muitas parcelas de vinhas velhas plantadas em Terras de Xisto.

As origens da Roquevale remontam a 1970, quando António Alfredo Gomes dos Santos, produtor da região de Lisboa, foi o primeiro viticultor exterior ao Alentejo a acreditar no seu potencial para a produção de grandes vinhos. Foram adquiridas próximas ao Redondo duas propriedades, a Herdade da Madeira Nova de Cima e o Monte Branco. A primeira, de terrenos xistosos, para as castas tintas, e a segunda, de solos graníticos, essencialmente para as castas brancas.

Em 2017, a Roquevale se tornou parte da Ségur States, grupo familiar com vasta experiência de muitos séculos no mundo do vinho. Esta integração, assim como o respeito às tradições e os mais de 50 anos de história da vinícola, permitiu potencializar sua qualidade e capacidade produtiva. Em 2020, a Roquevale passa a ser conhecida oficialmente como Ségur Redondo Winery, com seus principais rótulos mantidos e sua linha de vinhos expandida.

 

Vallegre

A Vallegre é uma empresa portuguesa, cujos acionistas representam a 5a geração de uma família profundamente enraizada na região do Douro, que se dedica à produção de vinhos do Porto de elevado padrão de qualidade. Tem a sua sede social na Quinta da Vista Alegre, localizada na margem direita do Douro, entre a foz do Rio Pinhão e Covas do Douro. A origem desta Quinta na produção de vinhos é anterior ao século XIX. A Quinta da Vista Alegre foi adquirida pela família Cunha Barros em 1965, sendo posteriormente integrada no patrimônio da Sociedade Agrícola Barros S.A. Mais tarde, em Maio de 1998, a sociedade veio a alterar a sua denominação social para Vallegre – Vinhos do Porto, resultado da conjugação de nomes de duas das suas mais importantes Quintas – Valle Longo e Vista Alegre. Os vinhos do Porto Ceremony foram especialmente desenhados para o mercado brasileiro. O enólogo Pedro Sá é um admirador do Brasil e usou toda a sua experiência